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Que tal seria fazer 18 km/l com etanol? Isso é tecnologicamente possível, mas hoje é praticamente inviável

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    Grupo iGG Negocios Automotivos
  • 25 de jul.
  • 3 min de leitura

Hoje em dia, é pouco provável abastecer um carro moderno a combustão com etanol e obter média acima de 18 km/l, nem mesmo rodando na estrada, sem o auxílio da propulsão elétrica.


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Porém, um consumo tão baixo, em tese, é tecnicamente viável: há 43 anos, a Volkswagen promoveu uma competição entre 520 taxistas em São Paulo ao volante do então novo Gol a etanol e a dupla vencedora cravou nada menos do que 18,32 km/l.


Segundo anúncio publicado em 1982 pela montadora alemã, os participantes do "Torneio de Economia VW Gol a Álcool" percorreram um percurso de 37,2 km, 85% dos quais em vias urbanas. Propaganda à parte, o que impede o combustível derivado da cana-de-açúcar de atingir tamanho rendimento? Porém, um consumo tão baixo, em tese, é tecnicamente viável: há 43 anos, a Volkswagen promoveu uma competição entre 520 taxistas em São Paulo ao volante do então novo Gol a etanol e a dupla vencedora cravou nada menos do que 18,32 km/l.


Segundo anúncio publicado em 1982 pela montadora alemã, os participantes do "Torneio de Economia VW Gol a Álcool" percorreram um percurso de 37,2 km, 85% dos quais em vias urbanas. Propaganda à parte, o que impede o combustível derivado da cana-de-açúcar de atingir tamanho rendimento? Renato Romio, engenheiro do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que as exigências de controle de emissões de poluentes e a tecnologia de motores flex, inexistentes no Brasil mais de quatro décadas atrás, são a justificativa. Em média, hoje o álcool tem consumo 30% maior na comparação com a gasolina e no passado esse percentual era de 15%, aproximadamente, diz o especialista.


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Vale destacar que, no passado, o consumidor brasileiro precisava escolher entre veículos movidos exclusivamente a gasolina, etanol ou diesel.

 

"De fato, nos anos 80 o carro a álcool era muito mais econômico, pois o motor tinha ajuste para trabalhar com mistura pobre, utilizando proporcionalmente menos etanol em relação à quantidade de ar na combustão. Isso permitia na época que o etanol atingisse 85% da eficiência energética da gasolina, contra 70% atualmente", destaca Romio.

 

Essa estratégia, acrescenta o engenheiro, era utilizada pela VW e por outras montadoras por conta das características físico-químicas do etanol: por conter oxigênio, ele queima mais rapidamente, mesmo em menor quantidade. Isso ajuda a compensar em parte seu menor poder calorífico na comparação com o combustível fóssil, que não traz oxigênio em sua composição.

 

Contudo, com a criação do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) em meados da década de 1980 e a adoção do catalisador para controle de emissões veiculares a partir do início da década seguinte, o jogo virou contra o álcool.

 

"Para o catalisador funcionar adequadamente, foi necessário equilibrar a quantidade de ar e etanol para a respectiva queima no motor, o que levou naturalmente a um maior consumo. Ou seja, a mistura passou a ficar mais rica, como já acontecia com a gasolina", esclarece Renato Romio.

 

O engenheiro do Instituto Mauá também cita a chegada dos motores flex como um fator determinante para reduzir ainda mais a autonomia com etanol no tanque.


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De acordo com Romio, o álcool tem melhor rendimento em taxas de compressão mais altas, que são inviabilizadas com gasolina.

 

Por essa razão, motores flex requerem ajuste para trabalharem com taxa de compressão intermediária - sem contar que hoje a gasolina já traz 27% de álcool na sua formulação.

 

O meio-termo que viabiliza o abastecimento com qualquer um desses combustíveis, inclusive misturados em qualquer proporção, faz com que nenhum deles renda tudo o que poderia.

 

A saída seria voltar a oferecer motores movidos apenas a álcool. Há poucos anos, a antiga FCA, hoje incorporada pela Stellantis, anunciou o desenvolvimento de um motor turbo 100% a etanol, justamente para reduzir a distância para unidades motrizes a gasolina em termos de consumo.


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Entretanto, o projeto foi cancelado, supostamente devido à resistência dos consumidores à ideia de depender exclusivamente do derivado da cana - cuja produção está sujeita a entressafras, ao clima, à quantidade de chuvas e ao preço do açúcar, também fabricado a partir dessa planta.

 

Renato Romio conclui, dizendo que um propulsor dedicado ao álcool, de fato, teria menor consumo na comparação com motores flex, mas sem chegar aos 85% de eficiência ante a gasolina que acontecia 40 anos atrás - quando o catalisador ainda não havia chegado. "Hoje, um motor a álcool poderia chegar próximo a 80%".

 

Matéria originalmente publicada em 12/10/2023 do UOL SP

 

 
 
 

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